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Porquê fui candidato a Deputado Estadual

Fui oficialmente candidato a Deputado Estadual pelo fortalecimento da Educação, Cultura e Cidadania em meu País!

Após ter sido recebido pelo Excelentíssimo Senhor Vereador Ricardo Teixeira, Presidente Estadual do Partido Republicano da Ordem Social (PROS) e ter o aceite por parte dele ao convite para essa empreitada, ouvi de alguns amigos o seguinte:

“— Mas, Eddie, vale a pena entrar para a Política?”

Eu não respondi imediatamente, fiquei pensando sobre aquelas discussões moralistas a cerca da corrupção que assola o País, e apenas indaguei:

“— De quais ‘valores’ e ‘penas’ estamos tratando aqui?”

Há uma lenda que diz que Richard Strauss, considerado um dos mais destacados representantes da música entre o final da Era Romântica e a primeira metade do Século XX, em sua visita a Sintra, um distrito de Lisboa em Portugal, teria declarado o seguinte sobre o Palácio Nacional da Pena:

 “Hoje é o dia mais feliz da minha vida.

Conheço a Itália, a Sicília, a Grécia e o Egito e nunca vi nada que valha a Pena.

Reza a lenda que, dessa declaração, teria nascido a expressão “valer a pena”. E se foi isso mesmo o que aconteceu, creio que Strauss tivesse se referindo ao valor histórico e artístico do Palácio da Pena. Nesse sentido, creio que tenha valido a pena para ele aquela viagem.

Outro mito, esse vindo da mitologia grega, diz que havia uma deusa responsável por impor um castigo, ou seja, uma pena àqueles que cometiam determinados tipos de crime. Creio que, entre esses, alguns crimes políticos cometidos contra as pólis. Em alguns casos, a pena imposta poderia ser amenizada com algum tipo de indenização. Esse valor era o “poiné” que, no grego antigo, quer dizer “pena”. O “poiné” era também o termo usado para a indenização dada por um crimonoso aos parentes de uma vítima.

Mais tarde, o termo equivalente, em latim, para “poiné”, ou seja, “poena”, virou sinônimo de alguns tipos de punição aplicados por juizados civis e teria como sinônimo, dor, sofrimento, etc. O termo “poiné” originou dezenas de outras palavras, em diferentes idiomas. Por exemplo, usava-se a expressão na França para se referir a alguém bem remunerado, ou seja, fulano valia o trabalho, o sacrifício, em outras palavras, valia a pena.

Se for levar em conta um tipo específico de pena ao candidatar-me a Deputado Estadual, creio que não, nenhuma pena vale o progresso moral do meu espírito. Quando pensei, portanto, se valeria a pena candidatar-me, eu estava pensando não exatamente nos valores financeiros, ou materiais, mas nos valores morais que poderiam decorrer de minha decisão e, mais tarde, quem sabe, até da minha própria sentença.

Eu estava pensando na expressão original grega “poinê” (Ποινή) ou “poines” (Ποιναί) que quer dizer, literalmente, “castigo”. Que tipo de castigo seria a mim imposto se eu dissesse a meus eleitores que discordo veemente, por exemplo, das decisões de certos Juízes que impõem a alguns políticos e pena capital e a outros a sua própria inversão de valores? Condenando uns e deixando a outros totalmente livres.

Em grego, Poinê é uma das Queres, espíritos que personificavam a vingança, a punição e a penalidade lançada aos homens culpados por certos tipos de crimes. Na mitologia egípcia, segundo “O Livro dos Mortos”, sua vida tem que ser vivida de forma a “valer a pena” na hora do julgamento final. E eu me indago, o que é pior: depender da Justiça Brasileira para impor aos corruptos uma pena realmente equalitaria a todos, ou aguardar que Poinê os julgue quando esses morrerem? Incluindo eles, os próprios Juízes.

Mas falando em valores

Não aqueles morais, mas os financeiros mesmo, uma campanha de marketing político para um cargo público não é nada barato. Só para você ter uma ideia, nas últimas Eleições, entre os 10 candidatos mais votados para a Câmara dos Deputados, aqui mesmo em São Paulo seis deles gastaram mais de 2 milhões de reais entre programas eleitorais e materiais de campanha. Candidatos ganhando Eleições por 40 mil reais, aqui no Sudeste, é raro, uma excessão.

Felizmente, a lei eleitoral mudou. E é engraçado porque, quando eu informei aos meus amigos que eu já era pré-candidato a Deputado Estadual, pelo PROS — já, já falamos do partido —, alguns deles me indagaram se valeria a pena, mas nenhum deles talvez tenha pensado de que valor, enfim, estávamos falando.

E eu pensei, naquele momento, exatamente isso: “de que pena estamos falando?”. A pena moral, imposta pela Espiritualidade Maior para se fazer o que é certo? Ou estamos nos referindo a pena material a ser paga para que algo de real valor seja realizado em prol da sociedade?

Veja bem, alguns políticos só votam em determinadas leis se a eles forem pagos uma comissão à parte, a chamada propina. Então, creio que preciso pensar melhor nisso, pois se tiver que votar contra ou favor de certas leis levando em consideração apenas o valor financeiro agregado a elas, talvez eu precise pensar melhor também se realmente vale a pena enveredar pela política para trazer a ordem do dia os meus projetos nas áreas de Cultura, Educação & Cidadania. Pois, se um determinado padrão de corrupção se mantiver em nosso País, acho que terei eu que pagar pelos meus próprios projetos.

Partido Republicano da Ordem Social, cuja sigla é PROS, é um partido político fundado em janeiro de 2010, mas que só obteve seu registro definitivo pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apenas em setembro de 2013. Adoro coisas que nascem junto com a Primavera. Eu nasci na Primavera e todos os discos da Legião Urbana foram lançados na Primavera. Mas deixando de lado minhas viagens astrais, nas Eleições de 2018, o partido terá apenas cinco anos de vida. Pouco, penso eu, se levarmos em conta a timeline da Democracia no Brasil; mas creio que o bastante para ter visto um pouco de como funcionam as coisas aqui em nosso País.

O PROS, portanto, é uma criança. O número eleitoral do partido é o 90 e suas cores são, subjetivamente, as que eu mais gosto: o azul e o laranja. Nas mitologias cabalísticas e alquimísticas medievais, o azul representaria o elemento água e o laranja representaria o elemento ar.

Mas do que estamos falando?

Quando me indago se vale a pena, não estou me referindo a nenhuma pena que terei que me subjugar já pensando que entrar na política é tornar-me um político corrupto. Pois eu não acredito que políticos sejam corruptos. Eu acredito que os seres humanos, não importam seus cargos, tão pouco sua raça, cor, credo, ou religião, são corruptíveis em menor ou maior graus. Mas essa seria a questão central? Se eu sou suscetível a corrupção, a política pode elevar meu grau de suscetibilidade para que eu me torne um corrupto profissional, dentro da política e não fora dela. Porque há corruptos dentro e fora dela.

A questão central é que a corrupção no Brasil é cultural, enraigada, generalizada, mas os moralistas, os dito homens de bem, insistem em deixar patente que é algo voltado somente à política. E, o pior, que a corrupção seria voltada apenas a alguns partidos específicos. Ou seja, se a corrupção fosse uma doença contagiosa, para os moralistas somente alguns políticos, de determinados partidos, se contaminariam. Para os moralistas de plantão, é como se o ar que os tais políticos corruptos respirassem fosse de tal ordem que não serve para quem tomou de seu antídoto.

Mas também não me refiro as penas capitais impostas por uma sociedade embrutecida pela cegueira desde o recente golpe contra a democracia. Lembrando que, nas eleições de 2014, o PROS compôs a coligação “Com a Força do Povo”, que reelegeu a ex-Presidenta Dilma Rousseff e, na maioria dos estados, apoiou candidatos a Governador cujos partidos nacionalmente ainda são da base do atual Governo Federal, embora muitos tenham se mantido calados frente a tamanha involução política. Muito conveniente por sinal. E isso, na prática quer dizer que, em uma Democracia, os corruptos e os tais honestos, que parte da sociedade tanto quer crer poder existir somente em determinados partidos, convivem em harmonia nas casas legislativas onde o ar que respiramos é o da corrupção.

O PROS não é um partido corrupto, não que saíbamos, afinal, embora tenha dono de puteiro filiado, não está nas listas nem do MPF, nem da PF, nem do STF, em nenhum órgão com essas siglas com F no final; mas se eu for altamente corruptível posso acabar com a reputação da sigla em apenas um mandato. De qualquer modo, aproximei-me do PROS, não pela possibilidade de me tornar um político honesto, muito menos corrupto, foi mais por sua tenra idade na qual posso embrenhar-me na possibilidade de criar algo que faça sentido ao mundo de hoje, e até do que pela possibilidade ideológica, ou político-partidária, que poderia me levar a qualquer caminho que não fosse aquele a que me propus: o caminho da Educação.

Em meu ver, a Educação pode, entre tantos atributos, ajudar a baixar o nível de corrupção em nosso País, não pelo moralismo, mas pelas vias do ensino. E não me refiro a ensinar a alguém a não roubar, me refiro ao ensino postulado pelas academias platônicas. O moralismo da classe média brasileira, em parceria com a imprensa de igual teor corrupto, é tão nefasto a nossa sociedade quanto qualquer crime organizado.

A eles portanto só resta a Educação

Mas vamos nos concentrar no que é do bem. O PROS é um bom partido, está posicionado ao centro, e eu, pelo menos até os meus 42 anos de idade, não me tornei corrupto. Então, ainda há esperança. E a classe média adora esse discurso. Embora me pareça que esse modelo de novo e honesto agrade bastante mais a uma elite burra quer quer ser enganada.

Enfim, o PROS apoia o Desenvolvimento Tecnológico brasileiro com o estímulo ao intercâmbio de países com capital intelectual tecnológico. Mas, para mim, isso me parece pouco, e um tanto longe da realidade global a que se impõem os Países menos desenvolvidos, frente aos gigantes que impõem o trabalho alienado aos de menor poder decisório. Compreendo que novos conhecimentos poderiam ser utilizados para o progresso da Educação em nosso País, inclusive para o aperfeiçoamento da mão de obra; mas o que realmente pode gerar um maior desenvolvimento político, econômico e social no Brasil em meu ver não é apenas Desenvolvimento Tecnológico, mas acima disso, o Desenvolvimento Educacional.

Mais uma utopia frente às diferenças político-partidárias das últimas três décadas?

Sim, é disso que estamos tratando: de fortalecer o nosso País protegendo nossa Cultura e engrandecendo a nossa Educação.

Portanto, em meu ver, Educação e Tecnologia podem ser unidas em um projeto de médio e longo prazo para o fortalecimento da geração de Economia em nosso País.

Esquece a Economia Criativa, filha do capitalismo desenfreado e sem rumo, e que agrada uma classe burra, estúpida e  subalterna que diz querer a mudança, mas que não quer mudar; quer dizer, quer uma mudança relativa que os mantenha confortáveis. Nem falo tão pouco da Economia de Subsistência. Falo de uma verdadeira autonomia econômica. Lembrando que, para isso, precisamos também de um projeto social-econômico que, hoje, nós não temos. É necessário um projeto econômico que abarque toda a sociedade em um estímulo único, inserida em um estágio global de saturação econômica, mas, principalmente, não perdendo as soberanias internas.

Então é isso, quero contribuir com o meu País, propondo um caminho de Desenvolvimento Educacional que torne possível alcançarmos verdadeira autonomia econômica.

Ao PROS, veja bem, não é nenhum tipo de dúvida, reinvindicação ou crítica, falta uma representatividade na área de Educação. É um partido jovem e, que seja, pois assim, oxigenado, libertário, de ideas novas, trará novos ares. E eu que sempre militei, independente de minhas ideologias político-partidária, ao redor da Educação, Cultura e Cidadania, pois sou formato em Serviço Social, penso que essa representatividade não possa ser retórica, ela precisa ser real. E é aqui que me manterei até que meu espírito me aponte numa outra direção.

Portanto, se for possível eu levar a cabo os projetos que creio possam fazer parte de um cenário maior em prol da Educação e Cultura na Era Digital e se, nesse interim, os projetos possam ganhar a ordem do dia e fazer algo de realmente útil para a sociedade brasileira, então, sim, uma candidatura a Deputado Estadual a mim terá valido a pena.

Enquanto isso, gratidão ao Excelentíssimo Senhor Vereador Ricardo Teixeira e Presidente Estadual do PROS por confiar em mim todas essas possibilidades.

Da esquerda para a direita: Ricardo Teixeira (Verador PROS/SP), Jadir Nascimento (Secretário Geral), Toninho Oliveira (Pato) e Ednei Procópio (pré-candidato a Deputado Estadual por São Paulo)
Da esquerda para a direita: Ricardo Teixeira (Verador PROS/SP), Jadir Nascimento (Secretário Geral), Toninho Oliveira (Pato) e Ednei Procópio (pré-candidato a Deputado Estadual por São Paulo)

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