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A última fronteira da digitalização

Nossa! Está ficando cada vez mais difícil acompanhar as notícias do mundo dos eBooks. Talvez estejamos até vivendo uma nova bolha, lá pra 2016 saberemos melhor, mas existe atualmente uma movimentação bastante interessante neste setor.

Na área dos hardwares, tivemos hoje o lançamento do mais sensacional, até agora, sem sombra de dúvida, do mais extraordinário aparelho que possibilita a leitura dos livros eletrônicos. Na primeira geração dos eBooks, lá atrás, a Microsoft lançou o aplicativo MS Reader com uma tecnologia, chamada ClearType, que permitia a renderização das fontes tipográficas com o objetivo de tornar a leitura dos livros mais confortável nos palmtops da vida. Bem, hoje nós temos um equipamento com uma tecnologia nunca antes disponível no mercado. Uma resolução de 1024 x 768 pixels em uma tela de 7,9 polegadas não é pouca coisa. Não vou nem citar o nome do produto e nem o nome da marca, nem precisa, todos sabemos. Quero apenas registrar e, afirmar, que, em termos de portabilidade e legibilidade, o ècran digital finalmente superou o papel. É muito f#d@, depois de ter passado tanto tempo ouvindo de uma porção de incautos que os eBooks nunca teriam mercado, ver um equipamento leve [308 gramas], fino [7,2 mm de espessura] e conectado [através de rede Wi-Fi] sendo lançado à uns 300 dólares. Sem falar nos 64 GB de memória. Acho que já posso levar o Project Gutenberg e o WikiBooks inteirinhos dentro dele. Michael Hart deve estar espiando lá do céu!

Na área dos softwares, a guerra entre a RIM, Microsoft, Google, Apple, Adobe vai continuar até que uma delas sinta-se vencida e desista pelo caminho. Agora, porém, todas elas parecem ter um inimigo em comum, que se chama HTML5. E eu, entusiasta como sempre, ainda perco o meu tempo com as demais tecnologias porque finjo que as demais, apesar da base instalada, parecem realmente significativas. Mas aposto um SoftBook se o HTML5 não se tornar a força motriz que irá impulsionar o mercado de livros eletrônicos no mundo e torná-lo mais consistente. Na verdade, eu não deveria fazer isto. Apostas são sempre perigosas. Mas não posso perder a oportunidade de estar do lado daqueles que pensam no futuro da tecnologia como sendo OPEN. E mal posso esperar o momento de testar um eBook [em HTML5] rodando numa maquininha daquelas!

Na área de conteúdo, o Governo brasileiro em uma iniciativa inédita em nossa história lançou um edital para receber propostas de parcerias para aquela que será a plataforma de livros didáticos que irá definir o rumo, se não, o futuro de um mercado historicamente dependente. Detesto fazer previsões negativas e apocalípticas, já que hoje em dia elas são tão triviais. Mas eu vou registrar e deixar este post gravado. Em meados de 2020, talvez antes, teremos uma retração econômica de dar medo e aí os livros impressos deixarão de ser comprados pelo Governo. Uma vez que as escolas e os alunos terão não tablets de graça mas um ecossistema inteiro de bibliotecas digitais baseada em tecnologia 100% OPEN, assistiremos ao fim de uma era da tela de um portátil.

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