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As Viagens Espirituais nas Malhas do Espaço-Tempo

Malha do espaço-tempo é um conceito da Física que descreve a estrutura do universo em termos de espaço e tempo interligados. De acordo com a teoria da relatividade, proposta pelo físico teórico Albert Einstein, a presença de massa e energia curva o espaço-tempo ao seu redor, criando um tipo de malha que determina como os objetos se movem, se posicionam e interagem no universo.

O conceito de malha do espaço-tempo é fundamental para compreender fenômenos como gravidade, curvatura do espaço, dilatação do tempo, assim como de que forma a luz se propaga pelo universo.

Na malha do espaço-tempo, longos intervalos formam ciclos.

Os ciclos, na malha do espaço-tempo, compõem um conjunto de eventos.

Por evento chamaremos um conjunto de ações vivenciadas em determinado intervalo na malha do espaço-tempo.

Eventos pré-determinados ocorrerão de um jeito ou de outro; serão eles o efeito de uma causa. Um conjunto de eventos pré-determinados, ou até mesmo pré-programados, por suas causas, podem ser chamados de destino.

Novos eventos originais, no entanto, não são ou não foram pré-determinados, portanto, não terão causas que o determinem por efeitos.

Eventos pré-determinados não são originais, têm eles uma causa, portanto, foram (pré) determinados. Quem determina um evento é a sua causa.

Um evento pré-determinado finaliza quando é considerado pós-determinado. Ou seja, o evento já ocorreu, a sua causa teve seu efeito, não tem mais como voltar atrás.

Teorema das Viagens nas Malhas do Espaço-Tempo

Axiomas são declarações ou proposições fundamentais consideradas verdadeiras sem a necessidade de prova. São princípios básicos que servem como base para a construção de um sistema lógico ou teoria matemática.

Os axiomas que usarei aqui, foram estabelecidos como verdades evidentes ou autoevidentes, aceitos como ponto de partida para a dedução de meu teorema e seus resultados subsequentes. Eles são as premissas ou suposições iniciais sobre as quais construirei um sistema formal.

Para, em seguida, criarmos um ‘Teorema das Viagens nas Malhas do Espaço-Tempo’, vamos identificar alguns axiomas da seguinte maneira:

A         = Ação — movimento do pensamento que causará uma reação.

Ra       = Reação — resultado direto de uma ação.

Ca       = Causa — um conjunto ações e reações.

Ef        = Efeito — efeito direto de uma causa.

E         = Evento — conjunto de reações e as ações que o causou.

Eéd     = Evento pré-determinado — que deverá ocorrer por efeito de uma causa.

Ed       = Evento original não pré-determinado.

Eód     = Evento pós-determinado — evento que já ocorreu por efeito de uma causa.

NEód  = Nova tentativa de pré-determinar um evento pós-determinado.

Er       = Evento relativo — evento que pode ou não ocorrer, tanto faz.

I          = Intervalo — conjunto de eventos pós-determinados.

C         = Ciclo — conjunto de intervalos.

P          = Paradoxo — novo evento, pré-determinado, contraditório sobre evento pós-determinado.

MEt    = Malha do Espaço-tempo


Os Paradoxos

Paradoxos são situações ou proposições que parecem contraditórias ou desafiam a lógica comum. São cenários em que uma afirmação leva a uma conclusão aparentemente irracional, surpreendente ou contraintuitiva.

Os paradoxos, muitas vezes, desafiam nossas expectativas e levantam questões sobre a coerência do pensamento, da ação ou da realidade que os cerca. Paradoxos podem ocorrer em várias áreas, como filosofia, matemática, lógica e até mesmo no cotidiano.

Os paradoxos nos convidam a reconsiderar nossas suposições e expandir nossa compreensão de conceitos aparentemente simples.

Em uma eventual volta ao passado com uma máquina do tempo, por exemplo, novos eventos, contraditórios sobre eventos pós-determinados, podem criar paradoxos na malha do espaço-tempo.

Se o novo evento tem uma causa, ele terá um novo efeito. Uma causa nova sobre um evento pré-determinado por outra causa criará obrigatoriamente um paradoxo para as viagens na malha do espaço-tempo.

Um evento já ocorrido não pode ser alterado, por meio das chamadas viagens no tempo, se estas mudanças forem influenciar um evento que foi pré-determinado, se confirmou, e hoje é considerado pós-determinado. Cria-se aqui um paradoxo.

Paradoxos ocorrem a partir de novos eventos sobre aqueles eventos que são considerados pré-determinados antes de ocorrerem.

São os paradoxos, portanto, que impedem mudanças feitas por meio de viagens no tempo. São os paradoxos as causas das impossibilidades de ação no passado. Em outras palavras, o efeito de impossibilidade de ação no passado se traduz em um paradoxo.

Assim:

Se o intervalo (I) do evento pós-determinado (Eód) foi curto, seu paradoxo identificado será curto.

Se o intervalo (I) do evento pós-determinado (Eód) foi longo, seu paradoxo identificado também será longo e determinista para aquele evento já ocorrido.

Portanto:

I = Eód

Um paradoxo ocorre quando um efeito não teve uma causa original, nesse caso o paradoxo força a causa originária do efeito; assim, nenhum efeito ficará sem sua própria causa.

Destinos Traçados

Agora, vamos complicar. Todos os eventos (E) da vida serão considerados pós-determinados (Eód) depois de ocorrerem. Mas nem todos os eventos serão considerados pré-determinados (Eéd) antes de ocorrem.

E ≠ Eéd

Um evento pós-determinado até pode ser alterado por uma viagem ao passado, mas somente se as mudanças recaírem sobre um evento original que não tenha sido pré-determinado; ou seja, que não tenha tido uma causa que lhe atribuísse efeito; ou que uma causa pudesse causar alguns vários tipos de efeitos.

Se um evento (E) é agora considerado pós-determinado (Eód), ou seja, é um evento que já ocorreu — sem ter sido ele identificado, antes de ocorrer, como sendo um evento pré-determinado (Eéd), ou seja, que deveria obrigatoriamente correr após uma causa —, esse evento será considerado um evento original não pré-determinado (Ed) e, portanto, um evento de causa relativa.

E + Eód = Ed

Tudo isso ocorre porque uma ação de causa relativa causará uma reação de efeito relativo. Nesse mesmo contexto, seria possível alterar relativamente o passado, mas não seria possível mudá-lo de uma forma pré-determinada.

Se um evento for considerado relativo (Er), então ele poderá ser alterado nas viagens pela malha do espaço-tempo. Não haverá aqui nenhum paradoxo. Não haverá, nesse sentido, impedimento às mudanças.

Lembrando que são os paradoxos que limitam as mudanças nas viagens ao passado.

Se um evento foi, antes de ocorrer, considerado pré-determinado (Eéd) — ou seja, é ele o efeito de uma causa — e depois de fato ocorreu, então ele não poderá ser alterado nas viagens feitas pela malha do espaço-tempo.

Não será possível, portanto, influenciar mudanças no evento que se deu dentro de um ciclo de espaço-tempo específico e pré-determinado; um contra evento irá identificá-lo como sendo um evento paradoxal.

Quebrando paradoxos

Quebras em paradoxos fora de um ciclo de eventos deterministas — ou seja, nos eventos relativos —, não só são passíveis para mudanças como podem ocorrer o tempo todo indo para o futuro.

São as ações do presente quem criam efeitos deterministas. Portanto, bastaria voltar no tempo não para alterar as nossas ações, ou evitá-las, mas para alterar as causas daquelas ações.

Caminhando para o futuro, talvez em um ciclo bem curto, se fosse possível se acelerar por meio da malha do espaço-tempo, seria possível verificar novos eventos pré-determinados; afinal, eles tiveram uma causa no presente.

E aí, de volta ao presente, você poderia planejar melhor o seu futuro. Pensaria melhor antes de agir. É por essa razão que milhares de pessoas no mundo inteiro tentam recorrer aos mistérios dos oráculos.

Volte um ciclo antes dos eventos, e você identificará suas causas. Identificando as causas, você identificará seus efeitos.

Assim, por meio dos eventos considerados relativos (Er) — ou seja, que poderiam ou não ter ocorrido, tanto faz —, seria teoricamente possível alterar um evento considerado pré-determinado (Eéd). Não antes, claro, de intervalos (I), mas antes de um conjunto de eventos pós-determinados: os ciclos (C); mas antes, porém, deste evento determinista criar um paradoxo.


A Lei de Causa e Efeito

A lei de ação e reação, também conhecida como a terceira lei de Newton, é um princípio fundamental da física formulado por Sir Isaac Newton. Essa lei afirma que “para cada ação, há sempre uma reação de igual magnitude, mas em direção oposta”. Em outras palavras, quando um objeto exerce uma força sobre outro objeto, o segundo objeto exerce uma força de mesma intensidade, mas em direção oposta, sobre o primeiro objeto.

Significa que as forças não ocorrem isoladamente, mas sempre em pares de ação e reação. Essas forças estão sempre presentes e são iguais em magnitude, mas atuam em corpos diferentes.

Por exemplo, quando você empurra uma parede, a parede exerce uma força igual e oposta sobre você. Essa interação entre as forças de ação e reação é fundamental para o estudo do movimento e das interações entre objetos na física.

Mas não é sobre a lei de ação e reação de Newton que nos debruçamos para alterar o futuro, me refiro àquela que os espíritas usam em seus livros e palestras.

A lei de ação e reação, no contexto da filosofia kardecista ou do espiritismo, é um princípio que está relacionado ao conceito de causa e efeito, também conhecido como Lei de Causa e Efeito ou Lei do Carma.

Segundo essa perspectiva, todas as ações, pensamentos e sentimentos que temos ao longo da nossa jornada terrena geram consequências, sejam elas positivas ou negativas. Essas consequências não se limitam apenas à nossa vida atual, mas também podem se estender para outras vidas futuras, conforme a crença na reencarnação.

Dessa forma, a lei de ação e reação kardecista postula que todas as nossas ações têm repercussões, e o que semeamos hoje colheremos no futuro. Se praticarmos o bem, estaremos sujeitos a receber o bem como consequência. Da mesma forma, se agimos de maneira prejudicial, enfrentaremos as consequências negativas dessas nossas ações no presente.

Essa lei também está relacionada ao conceito de evolução espiritual. Através das experiências vividas e das lições aprendidas ao longo das sucessivas encarnações, acredita-se que cada indivíduo tem a oportunidade de progredir espiritualmente, buscando a elevação moral e o aprimoramento de suas virtudes.

Em suma, a lei de ação e reação no kardecismo enfatiza a importância da responsabilidade pessoal, destacando que somos responsáveis por nossas escolhas e pelas consequências dessas escolhas em nossa jornada evolutiva.

Assim, chegamos à conclusão de que não é possível alterar uma ação do passado em si, se ela já é, na verdade, uma reação; teremos que conviver com suas conseqüências.

Mas poder-se-ia talvez tentar alterar as causas daquela ação que no tempo presente visitado já é considerada uma reação?

A boa notícia é que um futuro pode ser alterado se as causas daquela ação estiverem dentro de um evento original não pré-determinado (Ed).

Se as causas daquela ação estiver dentro de um evento relativo (Ed), o futuro pode ser alterado.

Se uma ação não tem causa, seu efeito é nulo. Se uma ação tem uma causa, seu efeito causa uma reação.

Se as causas daquela ação estiver dentro de um evento pré-determinado (Ed), seu futuro não pode ser alterado.

De Volta para o Futuro

A questão central que se impõem às viagens na malha do espaço-tempo, é que, quando se volta no tempo, todos os eventos ocorridos no passado continuam sendo todos considerados pós-determinado (Eód), ou seja, já aconteceram. Isto ocorre porque no pensamento está o arquivo das ações. Se o pensamento desconhece efeitos e reações, ele não saberá evitar suas causas.

Qualquer nova tentativa de pré-determinar um evento só ocorrerá se a ação não entrar em contradição com os efeitos do evento pós-determinado já identificado.

As voltas ao passado na malha espaço-tempo podem ocorrer, ainda não sabemos como a não ser por meio de regressões, mas alterar as causas de um evento pós-determinado, antes dos ciclos do tempo, poderá alterar todos seus efeitos.

O que podemos afirmar é que as leis de causa e efeito, ação e reação, que recaem sobre o livre-arbítrio, são universais, imutáveis e irrevogáveis. E, nesse sentido, o grande questionamento sobre as viagens pela malha do espaço-tempo passa a ser os seguintes:

Sabemos que as ações começam no pensamento, antes de movimentar o pensamento. Mas quando é que começa e quando é que termina uma ação?

Como sabemos se uma ação já não é, na verdade, uma reação de um ciclo de eventos anterior?

Onde começam as causas e os seus efeitos se elas são o conjunto de ações e suas reações?

Só voltando no tempo para saber!


Tudo muito complicado, não é mesmo?

Vamos, agora, explicar de maneira mais simples. Estando no planeta Terra, em estado de matéria física, só é possível a viagem através do espaço, ou seja, pode-se ir de um lugar a outro do universo, através das galáxias. A Física assim o permite claro sempre em consonância com as Leis Universais.

Porém, os homens não têm tecnologia o bastante para realizar alguns tipos de saltos. Para alcançar certos pontos do universo, ele precisaria se deslocar à velocidade da luz ao quadrado. Só que isto requer equipamentos mais potentes e poderosos jamais construídos pelos humanos e cujos recursos disponíveis no planeta não o permitiriam.

Portanto, há um limite para isto. Há recursos de energia no universo para a realização destes avanços, mas os homens não conseguem alcançá-los, talvez nem percebê-los, e aí uma coisa limita a outra.

Tudo isto, então, diz respeito às viagens pelo espaço ou as viagens espaciais, das quais Einstein já explicara o caminho e o fator de deslocamento quando disse que energia seria igual à massa na velocidade da luz ao quadrado.

Agora, a viagem pelo tempo, propriamente dita, não existe no mundo físico-material. E não é por falta de recursos de energia ou tecnológicos, a questão é outra. A viagem pelo tempo, e não no tempo, só é possível no mundo espiritual. Aonde, para alguns espíritos em crescimento lhe é permitido ou facultado o direito de poder relembrar erros passados ou até mesmo de pré-ver fatos futuros.

Mas a viagem pelo tempo do mundo espiritual é apenas e tão somente um flash, uma tela, uma visão, aonde o espírito vê, pressente e até mesmo sente o que ocorre(u). Esta viagem pelo tempo não permite, não faculta, a alteração dos eventos passados que só poderá ser realmente esquecido com as ações nobres no presente-futuro.

É daí que vêm as confusões. Os homens aprendem isto no mundo espiritual e levam para as páginas dos livros de ficção ou até mesmo para as telas de um documentário pseudo-sério quando estão no mundo dos vivos. E eles levam tão a sério esta questão, como se pudessem realmente voltar ao passado e alterá-lo como se fosse o tempo-presente, e logo partem para as experiências científicas da anti-matéria. Descobrirão outras coisas mais interessantes, mas com relação às viagens no tempo eles estão, literalmente, perdendo tempo.

O que talvez não se perceba é que os sonhos, visões, premonições e regressões nada mais são do que viagens pelo tempo, aprendidas e trazidas de outras épocas e mundos. Claro sem a máquina do tempo de H. G. Wells e sem o túnel do tempo de Murray Leinter. Ou seja, viagens pelo tempo é mais fácil de serem realizadas no mundo espiritual. E viagens no (e pelo) espaço também. Mas viagens no tempo esqueçam. Principalmente no mundo dos vivos aonde há os limites quânticos.

No mundo espiritual, no entanto, é facultada a viagem pelo tempo e a possibilidade da viagem através do espaço na velocidade do pensamento ou, como se diz, na velocidade da luz. E aqui cabe novamente a Teoria da Relatividade Geral. Brincando com as palavras, a teoria de Einstein não é uma teoria, mas sim uma realidade prática. Nós aqui (no mundo espiritual) chamamos de Fator Einstein, já que foi ele quem, de maneira nobre, conseguiu passar de forma singular algo tão complexo para todos nós.

Agora, que se entenda algo muito importante, o que não é possível, nem no mundo dos vivos nem no mundo dos desencarnados, é a viagem através do espaço-tempo (no mesmo instante). E se isto fosse realmente possível só caberia a Deus o seu segredo, pois iria de encontro às leis cármicas, a lei de livre-arbítrio. Ou seja, voltar ou viajar no espaço-tempo e conseguir literalmente interferir nos fatos históricos dos seres humanos é ficção, coisa de cinema mesmo.

A interferência só ocorre no tempo-presente, nunca no espaço-tempo. E é para isto que serve o tempo-presente: para corrigir eventuais erros do passado e evitar desgraças no tempo-futuro.

Para viajar pelo tempo, e não no tempo, basta investir em técnicas sensoriais adequadas e acessíveis a qualquer espírito lúcido. Para viajar pelo espaço estando encarnado, utilize os melhores foguetes da NASA e compreenda que você só irá conhecer o equivalente a um grão de areia do deserto quanto no céu estiver.

Agora, se você quer viajar no espaço-tempo, vá ao cinema ou leia um bom livro de ficção científica. Neste caso, a gente também recomenda Jules Verne.

Boa viagem!

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