Em um momento em que boa parte da indústria fonográfica grita “parem as máquinas” sempre que alguém fala em Inteligência Artificial (IA), uma cena nova começa a se formar: em vez de temer a tecnologia, alguns artistas estão compondo junto com ela.
É desse encontro que nasce Iara Luz, uma cantora virtual, um avatar criado 100% com IA, filha direta da tradição da música brasileira e da ousadia digital da gravadora Nhocuné Music.
Quando meu amigo de infância e parceiro musical Marcelo Roque — poeta, artista plástico e letrista de mão cheia — e eu criamos o projeto musical Nhocuné Music, a primeira coisa que fizemos foi colocar uma pergunta na nossa descrição do nosso canal lá no YouTube: “Mas, afinal, o que é o Nhocuné Music? Uma gravadora? Um selo independente? Uma banda? Uma estação de rádio? Um canal de música?”