Muitos editores, agentes e autores ainda encaram a inteligência artificial com desconfiança: receiam que algoritmos substituam parte da criatividade humana ou diluam a qualidade do catálogo. Essa discussão sobre como usar IA no processo de produção editorial, porém, é secundária diante de um fato mais urgente. Os grandes modelos de linguagem — GPT-4, Claude, Gemini, Mistral e afins — já 'lêem' milhões de livros publicados para construir o seu próprio conhecimento interno; em outras palavras, a IA já depende estruturalmente dos conteúdos que o setor livreiro produz.
Enquanto leitor, escritor e editor, vejo o mercado editorial imerso numa transformação profunda. No rescaldo da pandemia de Covid-19, a digitalização acelera em ritmo vertiginoso e a inteligência artificial generativa emerge como peça-chave para o futuro dos livros.
Com o advento da Inteligência Artificial, a Amazon está potencializando sua capacidade já dominante no mercado editorial e livreiro, ampliando ainda mais os riscos de canibalização desse setor.
Este artigo explora a história e evolução da IA, suas aplicações práticas no mercado editorial, os desafios éticos e sociais que surgem com seu uso, e as previsões sobre o futuro da IA na indústria do livro.
Enquanto alguém com décadas de experiência no mercado editorial, percebi uma oportunidade única de unir meu conhecimento ao potencial da inteligência artificial. Foi assim que decidi criar meu próprio agente de IA, uma ferramenta projetada para auxiliar escritores, editores e entusiastas do mundo literário.