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Uma Cidade Subterrânea Sob as Pirâmides do Egito

A descoberta confirmada de uma vasta cidade subterrânea sob as icônicas pirâmides de Gizé não é apenas um achado arqueológico; é uma mudança de paradigma na nossa compreensão da civilização egípcia antiga.

Esta metrópole subterrânea, estendendo-se muito abaixo da superfície do deserto, promete revelar segredos que iludiram os pesquisadores durante séculos, potencialmente reescrevendo a história de um dos sítios antigos mais enigmáticos do mundo.

A pura escala desta descoberta, alegadamente dez vezes maior que as próprias pirâmides , sublinha as capacidades avançadas e a sociedade complexa dos seus construtores. Este achado notável sugere que a história que conhecemos sobre o Egito Antigo pode ser apenas a ponta de um iceberg, com um mundo oculto à espera de ser totalmente explorado.  

Imagens de raio-X identificam cidade subterrânea às Pirâmides de Gizé
Imagens de raio-X identificam cidade subterrânea às Pirâmides de Gizé | Fonte: Projeto Khafre

Desvendando a Metrópole Subterrânea: Uma Cidade de Imensas Proporções

A cidade subterrânea descoberta estende-se por mais de 6.500 pés abaixo do planalto de Gizé , uma escala que ofusca até as monumentais pirâmides acima. A pesquisa revela uma intrincada rede de estruturas, incluindo formações massivas semelhantes a pilares (poços cilíndricos) e câmaras expansivas. Entre as características mais notáveis estão oito formações massivas semelhantes a pilares, enterradas sob a base da Pirâmide de Quéfren, com mais de 2.100 pés de profundidade. Estes poços cilíndricos são cercados por caminhos em espiral que se conectam a duas enormes câmaras em forma de cubo, cada uma medindo cerca de 80 metros.

Foram identificadas cinco estruturas idênticas de vários níveis perto da base da Pirâmide de Quéfren, conectadas por caminhos geométricos. Há também evidências que sugerem pontos de acesso semelhantes sob todas as três pirâmides, ligando-as através de um sistema subterrâneo de câmaras e passagens. Ainda mais profundo, a aproximadamente 4.000 pés abaixo da superfície, existem mais estruturas desconhecidas.

A consistência nas dimensões e tipos de estruturas relatados em diferentes fontes de notícias sugere uma descoberta substancial. A interconexão dessas estruturas indica uma construção planejada e deliberada, revelando um nível de engenharia e organização social sofisticado no Egito Antigo, potencialmente excedendo as compreensões atuais.  

Tabela 1: Dimensões Reportadas das Estruturas da Cidade Subterrânea

Tipo de EstruturaDimensõesProfundidade Abaixo da Superfície (Aprox.)Localização (Relativa às Pirâmides)Snippets de Origem
Poços Cilíndricos~2.100 pés de profundidade, 33-39 pés de diâmetro~2.100 pésSob a Pirâmide de Quéfren
Câmaras em Forma de Cubo80 x 80 metros~2.100 pés (no final dos poços)Conectadas aos poços cilíndricos
Estruturas de Vários NíveisCinco estruturas idênticasPerto da base da Pirâmide de QuéfrenPerto da base da Pirâmide de Quéfren
Rede SubterrâneaEstendendo-se por ~2 quilômetrosVariaSob todas as três pirâmides
Estruturas Desconhecidas Mais ProfundasNão especificado~4.000 pésAbaixo da rede inicial

Avanço Tecnológico: Radar Mapeando as Profundezas da Antiguidade

A descoberta foi possibilitada pelo uso de tecnologia de radar avançada, principalmente o Radar de Abertura Sintética (SAR). O SAR utiliza ondas de rádio para enviar sinais para baixo e mede os ecos de retorno para criar mapas detalhados do subsolo. Esta tecnologia permitiu alegadamente aos pesquisadores mapear estruturas a milhares de pés abaixo da superfície, atingindo profundidades anteriormente consideradas inacessíveis.

Alguns relatórios também mencionam o uso de dispositivos de radar de pulso e tomografia Doppler no estudo. A capacidade do radar de penetrar profundamente no solo, semelhante à forma como o sonar é usado para mapear as profundezas do oceano , demonstra o potencial de tais tecnologias avançadas na exploração arqueológica. Este avanço sugere que futuras descobertas significativas podem ser feitas utilizando métodos não invasivos para investigar sítios antigos em todo o mundo.  

Imagem topográfica indicam estruturas artificiais internas sob a pirâmide Projeto Khafre
Imagem topográfica indicam estruturas artificiais internas sob a pirâmide | Fonte: Projeto Khafre

A Visão dos Pesquisadores: Revelando uma Nova Narrativa de Gizé

A equipe de pesquisa é alegadamente liderada por Corrado Malanga da Universidade de Pisa e Filippo Biondi da Universidade de Strathclyde. Armando Mei e Nicole Ciccolo também são mencionados como parte da equipe. Os pesquisadores afirmam ter identificado cilindros verticais massivos, estruturas em forma de cubo e uma intrincada rede de caminhos de conexão. Eles descrevem isso como evidência de uma “vasta cidade subterrânea” que se estende por cerca de dois quilômetros sob o complexo das pirâmides.

Os pesquisadores acreditam que suas descobertas desafiam a visão tradicional de que as pirâmides eram apenas locais de sepultamento. A alegação de que o sistema subterrâneo poderia ter tido uma função mecânica ou relacionada à energia contradiz diretamente a teoria tradicional do túmulo. A divulgação inicial da alegada descoberta foi feita através de um comunicado de imprensa datado de 15 de março de 2025.

Ao apresentar uma nova interpretação ousada das pirâmides de Gizé, esses pesquisadores podem estar procurando revolucionar o campo da egiptologia. Os dados de radar levaram à formulação dessas novas teorias sobre o propósito das pirâmides e a existência de uma cidade subterrânea.  

Os autores usaram tomografia de radar de abertura sintética (SAR) | Fonte: Fillipo Biondi & Corrado Malanga; Remote Sensing, 2022/Divulgação.
Os autores usaram tomografia de radar de abertura sintética (SAR) | Fonte: Fillipo Biondi & Corrado Malanga; Remote Sensing, 2022/Divulgação.

Ecos da Antiga Tradição: Os Enigmáticos “Salões de Amenti”

Os pesquisadores sugeriram que esses espaços subterrâneos podem se alinhar com os lendários “Salões de Amenti” na antiga tradição egípcia. Os “Salões de Amenti” são descritos como um reino mítico associado à vida após a morte e acreditava-se que continham conhecimento oculto e segredos da antiga civilização.

A vasta escala e complexidade da rede subterrânea descoberta ressoam com as descrições dos “Salões de Amenti”, alimentando a especulação sobre sua verdadeira natureza e propósito. Alguns pesquisadores também especulam sobre a possibilidade de a Pirâmide de Quéfren esconder o lendário “Salão dos Registros”, uma câmara que se diz conter os segredos da antiga civilização egípcia. A conexão entre os espaços subterrâneos descobertos e os “Salões de Amenti” é explicitamente mencionada pela porta-voz do projeto, Nicole Ciccolo.

Ao ligar a descoberta física a mitos antigos bem conhecidos, os pesquisadores estão explorando uma rica veia de interesse cultural e histórico. Essa conexão eleva a importância da descoberta além da mera análise estrutural.  

Poços estavam conectados a estruturas maiores e cúbicas onde poderia ter existido uma cidade | Fonte: Fillipo Biondi & Corrado Malanga, Remote Sensing, 2022/Divulgação.
Poços estavam conectados a estruturas maiores e cúbicas onde poderia ter existido uma cidade | Fonte: Fillipo Biondi & Corrado Malanga, Remote Sensing, 2022/Divulgação.

Um Desafio às Visões Tradicionais: Mais do que Apenas Túmulos?

Os egiptólogos tradicionais há muito sustentam que as pirâmides foram construídas principalmente como túmulos reais por volta de 2500 a.C.. A descoberta da cidade subterrânea, com sua complexa rede e potenciais funções relacionadas à energia, desafia essa compreensão convencional.

As descobertas alegadamente se alinham com teorias propostas por figuras como Nikola Tesla e Christopher Dunn, que sugeriram que as pirâmides poderiam ter servido como antigos sistemas de energia ou dispositivos mecânicos. Esta descoberta já gerou debate dentro da comunidade científica, com alguns especialistas expressando ceticismo sobre as alegações. Várias fontes destacam como a descoberta “desafia a crença de longa data de que as pirâmides serviam apenas como túmulos reais“. A conexão com as teorias de Nikola Tesla e Christopher Dunn sobre a função das pirâmides como centros de energia é explicitamente mencionada.

As estruturas incomuns e a vastidão da cidade subterrânea fornecem evidências que não se encaixam facilmente na teoria tradicional do túmulo, levando à consideração de explicações alternativas sobre o verdadeiro propósito das pirâmides.  

View of the ancient crypt inside the Great step pyramid of Djoser, Saqqara. Cairo. | Photo credit: Melnikov Dmitriy. Via Shutterstock
View of the ancient crypt inside the Great step pyramid of Djoser, Saqqara. Cairo. | Photo credit: Melnikov Dmitriy. Via Shutterstock

Datando a Cidade Subterrânea e sua Conexão com as Pirâmides

As pirâmides em si são datadas de cerca de 4.500 anos atrás. Alguns pesquisadores sugerem que os espaços subterrâneos podem ser anteriores à construção das pirâmides. A alegação dos pesquisadores de que as estruturas podem ter sido construídas para suportar o peso da Pirâmide de Quéfren implica uma datação contemporânea ou anterior à própria pirâmide.

A falta de informações detalhadas sobre a datação específica da cidade subterrânea nos trechos fornecidos destaca isso como uma área para futuras investigações e potenciais revelações. A questão de quando a cidade subterrânea foi construída é crucial para entender sua relação com as pirâmides e a história mais ampla da região. As descobertas estruturais podem oferecer pistas sobre a idade relativa da cidade em comparação com as pirâmides. Determinar a idade da cidade subterrânea poderia reforçar ou desafiar as cronologias existentes da história e do desenvolvimento tecnológico do Egito Antigo.  

Cidade subterrânea descoberta sob as Pirâmides de Gizé
Cidade subterrânea descoberta sob as Pirâmides de Gizé

Conclusão: Um Novo Capítulo da História Egípcia se Desdobra

A descoberta confirmada de uma vasta cidade subterrânea sob as pirâmides de Gizé marca um momento crucial na nossa compreensão do Egito Antigo. Este reino subterrâneo encerra a promessa de desbloquear insights sem precedentes sobre a civilização que construiu essas estruturas monumentais. Esta descoberta tem o potencial de remodelar nossas narrativas históricas e aprofundar nossa apreciação pela engenhosidade e complexidade do mundo antigo.

A excitação inicial e o enquadramento da descoberta como potencialmente reescrevendo a história ecoam a importância deste achado. A ideia de que investigações futuras podem revelar ainda mais detalhes reforça a natureza contínua desta revelação histórica. Esta descoberta serve como um lembrete de que mesmo os sítios históricos mais bem estudados ainda podem guardar segredos profundos.   Fontes usadas no relatório

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