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O recente crescimento do Setor Editorial — segundo pesquisas da CBL e SNEL

Um estudo coordenado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), com dados da Nielsen BookData, aponta que as vendas de livros registrados pelas editoras brasileiras aumentaram 3,7% em 2024, alcançando R$ 4,2 bilhões em faturamento.

Esse avanço foi puxado principalmente pelos segmentos de obras gerais (alta de 9,2%), livros religiosos (8,7%) e publicações técnico-científicas (CTP, +3,3%). Em contrapartida, apenas a categoria de livros didáticos registrou queda nominal nas vendas (–5,1%). Vale notar que esse ganho nominal ficou abaixo da inflação acumulada de 4,83% do ano, o que resulta em uma queda real de 1,1% no faturamento do setor em 2024.

Segundo a pesquisa Produção e Vendas e Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro – Ano-Base 2024, foram cerca de 44 mil títulos produzidos em 2024, dos quais 23% eram lançamentos. Ao todo, foram comercializados aproximadamente 366 milhões de exemplares no ano, número superior aos 320 milhões vendidos em 2023. Esses indicadores reforçam a contínua atividade do mercado editorial brasileiro, mesmo diante das dificuldades econômicas.

Produção e Vendas e Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro - Ano-Base 2024, coordenadas pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), com realização da Nielsen BookData
Produção e Vendas e Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro – Ano-Base 2024, coordenadas pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), com realização da Nielsen BookData

Os conteúdos digitais mantêm participação ainda pequena no setor, mas em crescimento. Em 2024, livros digitais e outros formatos eletrônicos corresponderam a 9% do faturamento total das editoras (um ponto percentual a mais que em 2023). O presidente do SNEL, Dante Cid, ressalta que o setor digital teve um “crescimento surpreendente de mais de 20%” em 2024, o que ajudou a compensar em parte as perdas no mercado físico. Segundo ele, ao somar as vendas digitais às físicas, o resultado geral do ano ficou “ligeiramente no positivo”.

Uma novidade da pesquisa é o detalhamento por gênero literário. Pela primeira vez, as vendas foram agrupadas em cinco categorias: didáticos, ficção adulta, não ficção, infantil/juvenil e religioso. O relatório mostra que os livros de não ficção adulto lideraram o faturamento, com 28,5% do total (cerca de R$ 1,2 bilhão). Já em número de exemplares vendidos, os livros religiosos se destacaram, representando 29,5% do volume total. Segundo Sevani Matos, presidente da CBL, “esses dados revelam uma diversificação interessante nas preferências dos leitores brasileiros, indicando uma busca por conteúdo que vai além do entretenimento”.

Clique aqui para baixar os dados da pesquisa Produção e Vendas e Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro – Ano-Base 2024, coordenada pela CBL e pelo SNEL (Nielsen BookData).
Clique aqui para baixar os dados da pesquisa Produção e Vendas e Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro – Ano-Base 2024, coordenada pela CBL e pelo SNEL (Nielsen BookData).

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